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Revista cartográfica

versão On-line ISSN 2663-3981versão impressa ISSN 0080-2085

Rev. cartogr.  no.99 Ciudad de México Jul./Dez. 2019  Epub 14-Mar-2022

https://doi.org/10.35424/rcarto.i99.632 

Editorial

Editorial

Alejandra Coll Escanilla, Editora Convidada1 

*Universidad Tecnológica Metropolitana, Santiago de Chile, Chile.


Participar como editora convidada desta edição especial dedicada ao tema “Cartografia Inclusiva” foi uma grande oportunidade para reunir diferentes autores que trabalham há mais de uma década na área da deficiência visual, cujos resultados em várias das experiências apresentadas permitem que todos aqueles que podem fazer uso do tato sejam beneficiados, tenham ou não deficiência.

As políticas de inclusão estabelecidas em vários países da América Latina permitiram dar um passo importante para que grupos vulneráveis, em risco social e principalmente aqueles com deficiência, possam ter acesso a uma educação escolar e universitária mais inclusiva, onde os métodos de ensino com base na pesquisa e produção de material didático especialmente adaptado, como os mapas, permitiram a transferência de conhecimento geográfico por meio da elaboração e uso da Cartografia Multissensorial.

Com muito esmero e dedicação, cada um dos autores que apresenta suas pesquisas e experiências nesta edição da Revista Cartográfica, nos mostra diferentes abordagens e resultados aplicados a crianças e jovens com deficiência visual em diferentes países.

Experiências como as descritas por autores húngaros, que apresentam trabalhos cartográficos criados para pessoas com deficiência visual e em outro âmbito, promovem projetos de pesquisa que buscam soluções próprias, baseadas em experiências internacionais, são contribuições que fornecem subsídios para o desenvolvimento da Cartografia Inclusiva.

Os artigos desta edição especial de autoria de pesquisadores brasileiros demonstram os avanços nas pesquisas sobre a elaboração de símbolos táteis em mapas produzidos com impressoras 3D. Um trabalho em que a participação de pessoas cegas foi fundamental e os resultados foram úteis para as informações espaciais apresentadas, por meio de símbolos táteis em representações cartográficas em escala grande, para facilitar a mobilidade de pessoas com deficiência visual no interior de edificações.

A outra experiência apresentada por autores brasileiros é sobre a elaboração e avaliação de mapas temáticos táteis usando simbologia pictórica, com base no Design Universal para a Aprendizagem (DUA). Os mapas foram modelados em software 3D e os testes de percepção foram realizados com alunos com e sem deficiência visual. De acordo com o progresso obtido no uso de símbolos pictóricos impressos em 3D, será possível investigar a produção de mapas com desenho universal.

Pesquisadores do Chile compartilharam suas experiências em pesquisas realizadas desde 1994, que tiveram repercussão na América Latina e como a parceria com pesquisadores da Argentina, do Brasil e do Peru tem proporcionado progressos e contribuições no campo da Cartografia Tátil e de material didático multissensorial com o Design Universal.

As pesquisas sobre adaptação de mapas e, portanto, os símbolos que eles apresentam em sua dimensão linear, areal e pontual, tem sido um dos grandes desafios para a Cartografia Tátil. No Centro de Cartografía Táctil da Universidad Tecnológica Metropolitana de Santiago do Chile, foram realizados trabalhos sobre a elaboração de Cartografia Inclusiva, em diferentes temas, para o uso de pessoas com deficiência visual, para que esses indivíduos possam conhecer mais e melhor o espaço geográfico, próximo ou longínquo. A criação contínua de símbolos cartográficos, juntamente com o uso de Braille para cada mapa, foi uma oportunidade para que as equipes de pesquisa propusessem recentemente um estudo sobre a padronização na Cartografia Tátil e no design de símbolos.

Há algum tempo no Chile, temos trabalhado o tema da acessibilidade no lazer, o que permitiu que a atividade turística fosse uma das áreas favorecidas para que as pessoas com deficiência visual disponham de um ambiente com infraestrutura acessível com design universal, com a instalação de uma Cartografia Tátil adequada para seguir sua viagem.

Outros autores chilenos, sob a perspectiva do design, tem se preocupado em estudar o espaço geográfico para pessoas com deficiência visual, a partir do enfoque da paisagem e da experiência humana sem luz, com a ajuda de imagens técnicas apropriadas que facilitem desfrutá-lo.

Cada um dos artigos desta edição especial disponibilizará ao leitor novos estudos e pesquisas que permitem às pessoas que não têm a possibilidade de ver, acessar informações espaciais de maneira mais fácil, lúdica e divertida, de tal forma que possam conhecer as diferentes áreas geográficas do seu planeta e do seu entorno por meio do tato e da multimídia.

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