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Inter disciplina

On-line version ISSN 2448-5705Print version ISSN 2395-969X

Inter disciplina vol.8 n.21 Ciudad de México May./Aug. 2020  Epub Aug 14, 2020

https://doi.org/10.22201/ceiich.24485705e.2020.21.75421 

Comunicaciones independientes

As pesquisas em fronteira: mapeamento dos grupos vinculados ao diretório dos grupos de pesquisa do Brasil

The researchs in frontier: mapping of the groups linked to the directory of the brazilian research groups

Janaine Zdebski da Silva* 

Fernando José Martins** 

* Doutoranda em Sociedade, Cultura e Fronteiras pela Unioeste - Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Docente da UFRB. Correo electrónico: janaine@ufrb.edu.br

** Doutor em Educação pela UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Professor Associado da Unioeste. Correo electrónico: fernandopedagogia2000@yahoo.com.br


Resumen

El artículo tiene el objetivo de mapear los grupos de investigación, registrados en el Directorio de los Grupos de Investigación de Brasil, que poseen la palabra “frontera” en su título identificando en qué áreas del conocimiento las búsquedas se vinculan. Se trata de un estudio descriptivo documental, con recogida de datos realizada en el primer trimestre de 2018, por medio de consulta parametrizada con el término “frontera” en el Directorio de los Grupos de Investigación de Brasil, en la página electrónica del Consejo Nacional de Desarrollo Científico y Tecnológico - CNPQ. Los datos fueron organizados en hoja de cálculo siendo realizado el análisis descriptivo. Se constata la existencia de 119 grupos que se ajustan a este criterio, la gran mayoría se constituyó a partir del año 2000, con crecimiento gradual anual constatado, lo cual evidencia las diferentes fronteras como campo de investigación cada vez más actual. Los 119 grupos se vinculan con ocho áreas de conocimiento, siendo predominante la cantidad de grupos en las áreas de ciencias humanas con 70 grupos, de ciencias sociales y aplicadas con 18, y de lingüística, letras y artes con 15. Indicamos como desafío para los grupos ampliar los horizontes de investigación teniendo por referencia la profundización de la colaboración de investigadores extranjeros, la continuidad del establecimiento de asociaciones interinstitucionales e internacionales y la constitución de redes de investigación entre grupos. Hacemos, además, la provocación para instigar la construcción de investigaciones interdisciplinares, que se mostraron incipientes en este levantamiento, investigaciones que tomen las fronteras políticas, sociales, culturales y simbólicas en sus diferentes y complejos aspectos de análisis, que a menudo demandan la interdisciplinariedad.

Palabras clave: frontera; grupos de investigación; áreas de conocimiento; investigación interdisciplinaria

Abstract

The article aims to map the research groups registered in the Directoryof the Research Groups of Brazil that have the word fronteira in their title, identifying in which areas of knowledge the surveys are linked. This is a descriptive documentary study, with data collection performed in the first quarter of 2018 by means of a query parameterized with the term fronteira in Directory of the Research Groups of Brazil, on the electronic page of the National Council for Scientific Development and Technological - CNPQ. The data were organized in a spreadsheet and then was realized the descriptive analysis. There are 119 groups that fall within this criterion, the large majority was constituted after the year 2000, with gradual annual growth, which shows the different frontiers as an increasingly current field of research. The 119 groups are linked to eight knowledge areas, predominating the number of groups in the human sciences areas, with 70 groups, of social and applied sciences with 18, and linguistics, arts and letters with 15. We indicated as a challenge for the groups broadening the horizons of research with reference to the deepening of the collaboration of foreign researchers, the continuity of the establishment of partnerships inter-institutional and international networks and the creation of research networks between groups. We also do the provocation to instigate the construction of interdisciplinary research, which have shown incipient in this survey, surveys that take political borders, social, cultural and symbolic in their different and complex aspects of analysis, which, in many times, demands the interdisciplinarity.

Keywords: border; research groups; knowledge areas; interdisciplinary search

Introdução

Este artigo resulta da análise da coleta de dados realizada por meio de consulta parametrizada no Diretório dos grupos de pesquisa do Brasil vinculado ao CNPQ. O Diretório “constitui-se no inventário dos grupos de pesquisa científica e tecnológica em atividade no País” (CNPQ 2018a, 01). A página eletrônica do Diretório possui a ferramenta de consulta por meio da qual é possível buscar informações sobre os grupos de pesquisa cadastrados a partir de diferentes parâmetros.

Os grupos de pesquisa se constituem como espaço acadêmico, científico, institucional onde pesquisadores e estudantes se vinculam e por meio do qual atrelam suas pesquisas se agrupando nas linhas de pesquisa.

Para a consulta que deu base a este artigo utilizamos como parâmetro os grupos de pesquisa que possuem a palavra “fronteira” em seu nome/título. Ao inserirmos como termo de busca a palavra Fronteira, aplicada ao campo Nome do Grupo, identificamos a existência de 119 grupos que se enquadram neste critério.

Optamos por selecionar os grupos que contém a palavra fronteira em seu nome por acreditar que o nome do grupo se caracteriza como o título do mesmo, compreendendo que “Os títulos [...] informam ao leitor do catálogo a existência de tal pesquisa. Normalmente, eles anunciam a informação principal do trabalho ou indicam elementos que caracterizam o seu conteúdo” (Ferreira 2002, 16) como nos indica Ferreira ao discorrer sobre as pesquisas de estado da arte.

Compreendemos que se a fronteira em suas diferentes dimensões for foco de estudo do grupo de pesquisa, certamente esta palavra constará em seu nome/título. Mesmo correndo o risco de que “os autores criam diferentes títulos para diferentes gostos” (Ferreira 2002, 16), indicamos que o levantamento realizado permitiu acessar dados relacionados por meio deste critério.

A partir dos dados levantados e organizados em planilha, realizamos a estatística descritiva e inferência estatística por meio da análise das variáveis quantitativas. Os dados levantados nos instigaram a dialogar com outros autores que discutem as questões latentes no decorrer do processo de análise de dados.

O objetivo deste artigo é mapear dados dos grupos de pesquisa que estudam fronteira no Brasil buscando identificar em quais áreas de conhecimento estão presentes os grupos que se vinculam as discussões de fronteira. Neste percurso de levantamento de dados, algumas questões demandaram nossa análise, as quais indicaremos no decorrer deste texto.

O mapeamento irá indicar as conceituações hegemônicas e como as áreas do conhecimento delineiam a categoria fronteira, o que traz implícito um importante debate sobre a dimensão interdisciplinar do conceito que é debatido ao fundo, por meio do levantamento quantitativo. Os grupos de pesquisa, a plataforma que foi utilizada para a pesquisa, são os espaços que dão maior credibilidade da vinculação das informações e à prática de pesquisa no cenário brasileiro.

Não é pretensão realizar qualquer definição conceitual ou eleger uma tendência ou área do conhecimento mais vinculado aos estudos de fronteira. A pesquisa e seu resultado se restringe ao mapeamento da questão junto aos órgãos oficiais de pesquisa brasileiros, o que embora, forneça uma série de elementos para desdobramentos das questões indicadas, não tem a pretensão de encerrar o debate conceitual, apenas evidenciar aproximações e indicar elementos que sinalizam a necessidade da interdisciplinaridade para a compreensão da fronteira enquanto categoria.

Os grupos de pesquisa em fronteira no Brasil: primeiras aproximações

Entre os meses de janeiro e março de 2018 procedemos a consulta parametrizada no banco de dados do Diretório dos Grupos de Pesquisa do Brasil. Ao estabelecermos como critério de busca o termo Fronteira no campo Nome do Grupo, buscamos identificar os grupos de pesquisa que por terem esta palavra em seu nome possam se dedicar, de alguma forma, a estudar as diferentes dimensões que as fronteiras podem ter.

Coletamos dados referentes ao nome do grupo, ano de criação, situação junto ao Diretório (onde existem quatro variáveis: Grupo em Preenchimento, Grupo Certificado pela Instituição, Grupo Certificado - Não atualizado há mais de 12 meses e Grupo Excluído), Área predominante, Instituição, Quantidade de Linhas de Pesquisa, presença e quantidade de colaboradores estrangeiros, Instituições parceiras e quantidade de pesquisadores; organizamos os dados em quadro e trazemos nossa contribuição ao debate.

Evidencia-se que dos 119 grupos cadastrados no Diretório, a grande maioria, 88 deles, foram criados entre os anos de 2010 e 2017, já entre 1998 e 2009 os demais 31 grupos.

Este dado aponta para o crescimento nos últimos anos de pesquisas voltadas a temática da fronteira em seus diferentes aspectos. Como fica evidente no Gráfico 1, a quantidade de grupos que se efetivaram após o ano de 2000 representa a grande maioria, pois 117 grupos foram criados após este ano, sendo apenas 02 grupos criados em anos anteriores a 2000.

Fonte: Elaboração própria.

Figura 1 Quantidade e ano de Criação dos Grupos de Pesquisa.  

É apenas a partir do ano de 2000 que a fronteira passa a ser objeto de estu do/de pesquisa com mais afinco se configurando como um campo de estudos de caráter mais recente. A partir do ano de 2002 a plataforma passa a ter um alcance maior de grupos registrados por ser a primeira vez que o formulário de coleta de dados foi online, abrangendo assim uma maior cobertura, a partir deste momento os dados dos grupos podem ser acessados com mais facilidade.

No que se refere ao Censo atual dos Grupos de Pesquisa do Brasil datado de 2016, que se configura como uma coleta de dados de todos os grupos cadastrados, o conteúdo da base censitária indica um crescimento bastante elevado em relação a quantidade total de grupos cadastrados no Diretório em 2016 se considerada a quantidade cadastrada no ano de 2002, o Censo atual evidencia que o crescimento foi de 149% de 2002 a 2016, considerando o total de grupos cadastrados (CNPQ 2018b, 01).

Assim como o Censo aponta que houve o aumento do total de grupos cadastrados no Diretório neste período (2002-2016), na mesma direção, verificamos por meio da consulta realizada o aumento latente entre os anos de 2000 e 2017, da quantidade de grupos que carregam a palavra “fronteira” em seu nome, sendo que do total de 119 grupos, aproximadamente1 98% foram cadastrados no Diretório a partir do ano de 2000 como se vê no Gráfico 1, evidenciando portanto que os grupos que estudam fronteira sofrem um aumento bastante significativo indo na mesma direção da totalidade de grupos nas diferentes temáticas e áreas apontados pelo Censo.

Quanto a situação dos grupos cadastrados no Diretório o quadro abaixo expressa o montante de grupos e a situação em que se encontram.

Fica evidente que do total de 119 grupos cadastrados a maioria se encontra na situação de Certificado pela Instituição. Esta situação é caracterizada quando o preenchimento do grupo já foi concluído e não existem pendências. Nos chama a atenção a quantidade de grupos que não atualizaram as informações no Diretório nos últimos 12 meses, 21% dos 119 grupos se encontram nesta situação mesmo que a página de acesso a plataforma indique a necessidade de constante atualização dos dados dos grupos cadastrados.

Quadro 1 Situação dos grupos cadastrados no Diretório.  

Quantidade de Grupos Situação do Grupo
10 Grupo em Preenchimento
73 Grupo Certificado pela Instituição
25 Grupo Certificado - Não atualizado há mais de 12 meses
11 Grupo Excluído

Fonte: Elaboração própria.

Delimitações acerca das pesquisas em fronteira no Brasil

No que se refere as linhas de pesquisa, a quantidade de linhas por grupo varia de 1 a 22 linhas, sendo bastante predominante a quantidade de grupos que possuem entre 1 e 5 linhas de pesquisa cadastradas. Este último dado apontado fica evidente ao verificarmos que dos 119 grupos, 108 grupos possuem entre 1 e 5 linhas de pesquisa. As linhas representam “temas aglutinadores de estudos científicos que se fundamentam em tradição investigativa, de onde se originam projetos cujos resultados guardam afinidades entre si” (CNPQ 2018a, 01).

Se aglutinam no interior destas linhas os pesquisadores vinculados aos estudos científicos daqueles temas. Além dos pesquisadores da própria instituição a qual o grupo está vinculado, participam também colaboradores de outras instituições, são 1066 pesquisadores vinculados a estes 119 grupos de pesquisa.

Destes 1066 pesquisadores, identificamos que um percentual de aproximadamente 3% dos pesquisadores que se vinculam como colaboradores estrangeiros. São 34 colaboradores estrangeiros, das seguintes nacionalidades: Portugal (6 colaboradores); México (5); Argentina (4); Alemanha (3); Paraguai (3); Estados Unidos da América (3); Espanha (2); França (2); Colômbia (2); Moçambique (2); Canadá (1) e Países Baixos (1). Estes 34 colaboradores se vinculam a 19 grupos de pesquisa, o que significa que 100 grupos de pesquisa possuem somente pesquisadores vinculados a instituições brasileiras.

De acordo com Lima, Velho e Faria (2007):

A ciência tem uma série de características que lhe imprimem um caráter internacional: o conhecimento gerado é codificado em periódicos que estão disponíveis em todo o mundo, os pesquisadores se encontram reuniões internacionais, viajam para trabalhar em laboratórios de outros países e frequentemente envolvem colegas estrangeiros em seus projetos de pesquisa. Essas atividades têm se intensificado significativamente nos últimos anos, resultando em notável aumento da colaboração científica internacional. (Lima et al. 2007, 2).

A cooperação internacional entre pesquisadores e instituições tem se construído de modo a transpor as barreiras geográficas dos países e consequentemente as barreiras da produção do conhecimento. A internet e o intento de pesquisa em rede possibilitaram um salto qualitativo neste âmbito que contribui de forma muito acentuada para o avanço técnico e científico nas diferentes institui ções de pesquisa.

Dos 119 grupos analisados, vinte e oito possuem parceria com outras instituições para realização de suas pesquisas, são quarenta e cinco instituições, dentre Universidades, Institutos e Fundações. Destas quarenta e cinco instituições, destacamos seis que são do exterior, expressando como incipiente a pesquisa colaborativa internacional. A colaboração de pesquisadores estrangeiros é significativa, mas de caráter pontual, outro elemento interessante é que a colaboração internacional não se estabelece por meio de redes em sua primazia. Verifica-se que do total de grupos de pesquisa dos quais coletamos dados (119), apenas 6 indicam trabalhar em rede e nenhum destes que declara trabalhar em rede possui colaboração de pesquisadores externos.

Porém, destes seis grupos que indicam trabalhar em rede, quatro deles possuem parcerias com outras instituições. Esta questão pode ser interpretada pelo fato de que as parcerias são estabelecidas e pesquisas se desenvolvem por meio de redes sem necessariamente existir a vinculação dos pesquisadores individualmente, mas nas relações criadas entre os grupos de pesquisa.

A pesquisa em rede se coloca como terreno fértil que abre possibilidade de estreitar diálogos e relações com vistas ao desenvolvimento e consolidação da pesquisa em parceria com outras instituições e pesquisadores, possibilitando trocas, como nos indica Sant’Ana (2016, 1145) “atualmente é voz corrente a valorização da constituição de redes de colaboração interuniversitárias na produção de conhecimento com vistas à ultrapassagem de fronteiras institucionais, regionais e nacionais tidas como limitadoras da compreensão da realidade”.

As pesquisas em fronteira nas áreas de conhecimento

O levantamento de dados que realizamos nos permitiu ter um panorama de como se aglutinam as pesquisas em fronteira nas diferentes áreas de conhecimento, coletamos o dado referente a área predominante de cada grupo. O gráfico 2, logo abaixo, possibilita visualizar este panorama tendo por referência os 119 grupos que se enquadram no critério estabelecido, indicando a quantidade exata e porcentagem aproximada de grupos em cada uma das oito áreas na qual a pesquisa em fronteira está presente. No caso das Ciências Agrárias, por exemplo, em tom azul claro, são seis grupos que representam aproximadamente 5% do total.

Fica evidente a existência de pesquisas em oito áreas de conhecimento, o que reforça a compreensão da fronteira como tema de estudos que pode instigar e/ou demandar análises interdisciplinares. Como indica Pombo (2008) ao discorrer sobre as pesquisas interdisciplinares:

Na aproximação interdisciplinar, há a possibilidade de se atingirem camadas mais profundas da realidade cognoscível. Uma aproximação interdisciplinar não é uma aproximação que deva ser pensada unicamente do lado do sujeito, daquele que faz a ciência. É algo que tem a ver com o próprio objeto de investigação e com a sua complexidade. (Pombo 2008, 15).

Neste sentido, destacamos as diferentes fronteiras como objetos complexos de estudo, com questões de cunho político, espacial, territorial, cultural, conceitual, econômico e simbólico que atraem pesquisadores e pesquisas das diferentes áreas e que demandam reflexões analíticas a altura da complexidade das relações que se estabelecem nestes diferentes espaços/tempos de fronteira.

A partir do Gráfico 2, logo acima, evidencia-se que as áreas que concentram a maior parte das pesquisas. Com destaque aparece a área de Ciências Humanas com cerca de 59% dos grupos de pesquisa, seguidos da área de Ciências Sociais e Aplicadas com aproximadamente 15% e da área de Linguística, Letras e Artes com aproximados 13% dos grupos vinculados.

Fonte: Elaboração própria.

Figura 2 Pesquisas em fronteira nas diferentes áreas de conhecimento. 

Se somarmos os grupos destas três áreas, evidencia-se que cerca de 86% dos grupos de pesquisas analisados fazem parte de uma destas três áreas, ou seja, do total de 119 grupos, 103 se vinculam a uma destas três áreas. Apesar disso, percebe-se grande evidência das pesquisas na área de Ciências Humanas.

Quanto a divisão dos grupos de pesquisa no interior das grandes áreas, os próximos gráficos nos dão uma visão ampliada. No caso das Ciências Humanas, que agrega 70 grupos (cerca de 59% do total) fica evidente a vinculação da maio ria dos grupos na área de História, que congrega 25 grupos (36% aproximadamente):

Os estudos em fronteira nesta área de conhecimento são bastante variados, são tomados para pesquisa diferentes aspectos e enfoques da fronteira. Como ilustração desta questão trazemos como exemplo alguns nomes de grupos de pesquisa e a qual sub-área o mesmo se vincula “As fronteiras entre tradição e modernidade na construção do Estado Brasileiro” (História), “Infâncias, Criança e Educação na Fronteira Amazônica” (Educação), “Antropologia das Fronteiras Conceituais” (Antropologia) e ainda em História trazemos o grupo “Estudos sobre Política, Ideias e Fronteiras Americanas”.

Na área de Ciências Sociais e Aplicadas, onde se alocam 18 grupos de pesquisa (cerca de 15% do total) são predominantes os grupos em Direito (6 grupos) e Economia (4 grupos), mesmo assim com objetos de estudo bastante variados.

Trazemos como ilustração da Área de Ciências Sociais e Aplicadas o grupo de pesquisa na área de Comunicação que se intitula “Cinema e Fronteiras”, e o grupo “Serviço Social, Proteção Social, Migrações e Fronteiras” da sub-área de Serviço Social.

Não cabe aqui constituir análises sobre as abordagens metodológicas, opções teóricas e/ou técnicas e instrumentos que norteiam o trabalho dos grupos de pesquisas que aqui trazemos, sem dúvida existe uma pluralidade bastante grande na forma como cada grupo produz conhecimento. Porém, é sabido que nas áreas de Ciências Humanas e as Ciências Sociais, via de regra, os pesquisadores destas áreas se utilizam de abordagem qualitativa em suas pesquisas. Como indica Guerra (2017) apoiadas em Chizotti (2006):

A abordagem qualitativa nas ciências sociais e humanas enriquece a perspectiva daquele procura saber mais, ir mais fundo, ao amago dos comportamentos e da sua etiologia, na implexa rede que é o Homem e as suas relações. Estes campos da Ciência dotam, ou procuram dotar, o investigador com os instrumentos e do conhecimento para anatomizar o ser social, o Homem, o indivíduo. Não é descurado afirmar que não se pode investigar adequadamente o ser humano, sem a utilização de uma perspectiva multidisciplinar e/ou interdisciplinar, intrínseca às ciências sociais e humanas, bem como às ciências da natureza e da saúde. (Guerra 2017, 01).

Se evidenciam proximidades bastante fortes entre as duas áreas de conhecimento já apresentadas nos Gráficos 3 e 4 e suas possíveis abordagens. No que se refere a coleta que realizamos acerca dos grupos que estudam as fronteiras se evidenciam nos títulos dos grupos estudos bastante conexos. Ademais, também se evidencia em alguns grupos a orientação interdisciplinar, que se verifica deste os títulos. Identificamos a presença de quatro grupos que se identificam como interdisciplinares, e todos eles se vinculam as áreas de Ciências Humanas ou Sociais e Aplicadas, como se vê.

Fonte: Elaboração própria.

Figura 3 Ciências Humanas. 

Fonte: Elaboração própria.

Figura 4 Ciências Sociais e Aplicadas. 

Quadro 1 Situação dos grupos cadastrados no Diretório.  

Nome do Grupo Área predominante Sub-área
Grupo de Estudo Interdisciplinar sobre Fronteiras: Processos Sociais e Simbólicos (GEIFRON) Ciências Humanas Sociologia
Grupo de Estudos Interdisciplinares: Políticas Linguísticas, diversidade e fronteiras Ciências Humanas Antropologia
História, Literatura e Cinema: fronteiras metodológicas, apropriações e diálogos interdisciplinares Ciências Humanas História
Grupo Interdisciplinar em Racionalidades, Desenvolvimento e Fronteiras - GIRA Ciências Sociais Aplicadas Economia

Fonte: Elaboração própria.

A partir do levantamento que fizemos não foi possível identificar, pelo título grupos de pesquisa da temática fronteira, grupos que tem um perfil interdisciplinar em todas as áreas de conhecimento identificadas. Não estamos afirmando que não existam trabalhos interdisciplinares de fronteira em outras áreas, muito pelo contrário, a interdisciplinaridade se coloca como necessidade e tem se constituído como alternativa nas diferentes áreas do saber, apenas, indicamos que neste levantamento se fizeram presentes somente grupos que estudam fronteira nestas duas áreas já destacadas. O que nos permite inferir uma maior potencialidade de construção de pesquisas interdisciplinares em áreas onde a pesquisa qualitativa se coloca como predominante.

No que se refere a área de Linguística, Letras e Artes, estão presentes nesta área 14 dos 119 grupos analisados, assim distribuídos:

Fonte: Elaboração própria.

Figura 5 Linguística, Letras e Artes. 

Como se vê estes grupos se dividem em três sub-áreas e apresentam tam bém diversidade de estudos que analisam as diferentes fronteiras de diversas formas, trazemos como ilustração o grupo “O discurso nas fronteiras do social: diferentes materialidades significantes” (Linguistica), o grupo “Uma poética da transição: fronteira, memória e esquecimento na obra de Claudio Magris” (Letras) e o grupo “Construções socioculturais da Tríplice Fronteira Brasil, Paraguai e Argentina)” (Letras). Se evidenciam nestes três grupos diferentes enfoques de fronteira, tomadas como espaço territorial e como possível sinônimo de transição, de fronteira como entre lugares.

Nas Ciências Agrárias concentram-se seis grupos de pesquisa, abrangendo cerca de 5% dos 119. Nesta área, os grupos têm em comum o fato de considerarem a fronteira como espaço territorial de demarcação, caracterizando o recorte ou lócus das pesquisas, como se vê: “Arranjo Produtivo Local Leite - Região Fronteira Noroeste” (Ciência e Tecnologia de Alimentos), “Grupo de Pesquisa em Fruticultura na Fronteira Sul” (Agronomia) e “Produção Animal em Região Tropical de Fronteira” (Zootecnia). A distribuição de grupos dentro desta Área pode ser visualizada no Gráfico abaixo.

Já nas Ciências Exatas e da Terra estão vinculados quatro grupos de pesquisa, representando cerca de 3% do total dos grupos. Trazemos dois como exemplo: “Eletrocatálise na Tríplice Fronteira” (Química) e “Grupo da Fronteira de Ensino e Pesquisa em Educação Matemática” (Matemática).

Nas Ciências da Saúde, também temos aproximadamente 2 % dos grupos, com dois grupos na área de Enfermagem e um na medicina. Este último se intitula “Saúde Única - Vigilância de patógenos, pragas, agravos e alimentos no Arco da Fronteira Sul”. Já na sub-área de Enfermagem temos os seguintes: “Doenças Prevalentes da Fronteira” e Grupo de Estudos e Pesquisa em Enfermagem da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul”.

Nas Ciências Biológicas temos dois grupos: “Ciências Socioambientais na Fronteira Oeste do MT” (Ecologia) e “Metabolismo de Lipídios e Sinalização Celular na Fronteira Patógeno/Inseto Vetor” (Parasitologia). Estes dois grupos representam cerca de 21% do total de grupos. Com aproximadamente 1% dos grupos, temos ainda um grupo tendo assinalada como a área Predominante “Outra” incluído na Sub-área de Ciências Ambientais “História Ambiental do Brasil: fronteiras, natureza e sociedade”.

Fonte: Elaboração própria.

Figura 6 Ciências Agrárias. 

Problematizações sobre o conceito de fronteira

A palavra fronteira deriva de palavra francesa frontière, que por sua vez deriva do latim frontier, que significa limítrofe. Evidencia-se que a origem da palavra se vincula a delimitação de espaços/lugares.

O conjunto das pesquisas efetuadas pelos grupos elencados com os dados apresentados evidenciam que os conceitos e o debate vai além dessa definição limítrofe, - palavra apropriada para a presente definição - as fronteiras, no plural, contém uma série de definições, abrangências e significados, tanto internamente na área de conhecimento, quanto nas intersecções interdisciplinares, em conceitos e práticas que não cabem em só uma área do conhecimento. A abrangência dessa polissemia é exposta na categorização exposta por Ortiz (2015) que trata de: “las fronteras de la securitización; las fronteras socio-históricas; las fronteras subjetivas; y la frontera glocal.” (s/p). Uma categorização que evidencia a amplitude das aplicações da categoria em diferentes áreas do conhecimento.

Destacamos aqui que as discussões mais recentes acerca das fronteiras se colocam no plano mais complexo do que entendê-la apenas como sinônimo de limite, seria anacronismo assumir uma conceituação um tanto quanto simplista. As leituras e análises que temos feito têm nos indicado a insuficiência da mesma para dar conta da complexidade das diferentes fronteiras que instigam os mais diversos estudos e pesquisas.

Nos dias atuais, as fronteiras têm sido estudadas muito além desta perspectiva tradicional onde se evidencia a separação/isolamento de dois ou mais grupos cindidos pela identidade/alteridade entre “este lado” e “aquele lado”. Ela vem sendo analisada em toda sua complexidade social, econômica, cultural, política e simbólica, pois a fronteira não somente separa dois espaços demarcando a alteridade, mas também põe estes espaços em contato, possibilita a integração entre ambos, e é este contato que constitui a riqueza analítica da fronteira, pois é a partir dele que relações são constituídas nas diferentes esferas das pos sibilidades analíticas.

Nesta assertiva sublinhamos que a categoria zona de fronteira tem sido de grande validade, pois possibilita superar a compreensão da fronteira-barreira ao definir a fronteira como uma região, como uma zona de encontro de espaços derradeiros que não somente expressa a distância ente os elementos/sujeitos de cada um de seus extremos, mas ao mesmo tempo, possibilita a ligação entre eles, os coloca em contato, ou seja, se consolida como espaço de interação, e muitas vezes, de conflito. Ganha destaque essa complexidade que evidencia as fronteiras tanto como limite quanto como uma esfera de conexão.

De acordo com Machado (2007) a zona de fronteira se refere a um espaço relacional e não dicotômico, onde a fronteira pode ser definida pela proximidade estabelecida a partir do limite.

Também nos parece equivocado assumir apenas este segundo polo como pressuposto, elencando a fronteira como espaço de plena integração articulação e renegando o fato de que ela se configura também como um limite.

É certo que a fronteira não deve ser considerada como uma linha divisória, mas sim como um espaço. O espaço deve ser compreendido como produto da ação humana, um lócus onde atividades [...] e relações sociais ocorrem e que, ele mesmo, se constrói e vai ganhando significado pela ação dos sujeitos históricos em um contexto social específico. (Flores 2007, 153).

Defendemos a ideia de que a fronteira se configura como espaço/tempo em movimento, onde há sim limites que definem dois territórios, mas onde há conexões, articulações, troca, aproximação, permeabilidade, caracterizada também pela separação e afastamento. Neste sentido, indicamos como terreno bastante fértil a constituição de pesquisas interdisciplinares, com pesquisadores de diferentes áreas e sub-áreas para dar conta das pesquisas instigadas por estas relações sociais, humanas, conceituais, artísticas, agrárias, ambientais, de saúde, e tantas outras.

Essa abordagem plural é importante não somente no campo conceitual, pensamos que a abordagem multidimensional implica em intervenções concretas nos planos da práxis humana que são abrangidos por cada área do conhecimento em particular, os quais nos referenciamos acima. De modo mais pontual, concordamos com a síntese de Paula Gomes Moreira, que após resgatar a trajetória conceitual nas fronteiras brasileiras, indica:

A fronteira não deve, porém, ser considerada algo harmônico, desprovido de conflito, de modo que muitas das populações que habitam nessas áreas estão asiladas ou recebem menor atenção do Estado. Por isso a necessidade de que sejam apresentadas tipologias atualizadas, que permitam a melhor formulação de políticas públicas para essas regiões. (Moreira 2019, 39).

Para além desse caráter objetivo, de formulações de políticas públicas para os espaços de fronteiras e para suas particularidades, também essa flexibilização e ampliação conceitual toca em elementos subjetivos da realidade fronteiriça, pois esses espaços “(...) podem ilustrar as trocas culturais, as mútuas influências linguísticas e o lento amadurecimento de sínteses que terminam gerando novas identidades fronteiriças”. (Kern 2016, 18). Essas identidades, que tanto influenciam como são influenciadas pelo espaço de fronteira, não tem tais características somente pela localização geográfica, pois a fronteira, ao contrário de um limite, pode também ser um ponto de encontro, que constroem novas identidades, e também novos sujeitos, novos conhecimentos e novas práticas.

Contudo, em nossa concepção, mesmo esse alargamento conceitual e prático, tem algumas limitações. Concordamos com as análises de Cardin (2018) que chama a atenção para as dimensões disciplinadoras que o capital impõe aos su-jeitos, aos espaços e as relações, sejam de trabalho, culturais e políticas, e, dessa maneira, cria percepções e algumas fronteiras propriamente dita, com uma determinação disciplinadora e alienante. Assim, o conjunto conceitual, de abordagens, muitas vezes distintas que aqui foram expostas, estão contidos no conjunto de material empírico analisado, e compõe uma abordagem de várias disciplinas para a categoria fronteira, que, avança desse olhar multifacetado e em muitos casos, constitui-se de uma abordagem interdisciplinar.

Considerações finais

Dado o objetivo deste artigo, de mapear os grupos de pesquisa cadastrados no Diretório dos Grupos de Pesquisa do CNPQ que possuem a palavra fronteira em seu título, evidenciamos que foi possível constatar a existência de 119 grupos, a grande maioria se constitui a partir do ano de 2000, com crescimento gradativo anual constatado, o que evidencia as diferentes fronteiras como campo de pesquisas cada vez mais atual.

É predominante nestes grupos a construção de 1 a 5 linhas de pesquisa e a colaboração de pesquisadores estrangeiros é característica significativa. Aponta-se a necessidade de avanço quanto as parcerias interinstitucionais e internacionais. Na mesma direção a pesquisa em rede se coloca como alternativa bastante rica que pode contribuir com os estudos nas diferentes áreas.

Se evidenciam oito áreas de conhecimento nas quais os 119 grupos se vinculam: Ciências Humanas com 70 grupos; Ciências Sociais e Aplicadas com 18 grupos; Linguística, Letras e Artes com 15 grupos; Ciências Agrárias com 6 gru pos; Ciências Exatas e da Terra com 4 grupos; Ciências da Saúde com 3 grupos; Ciências Biológias com 2 grupos e ainda um grupo registrado na área Predominante como “Outra” incluído na Sub-área Ciências Ambientais.

Quanto a distribuição dos grupos nas áreas de conhecimento temos maior concentração de grupos e pesquisas na área de Ciências Humanas, seguidas por Ciências Sociais e Aplicadas e Linguística, Letras e Artes. Estas três áreas abarcam 102 dos 119 grupos analisados. Cabe o destaque para o fato de termos grupos de que abarcam as diferentes fronteiras em oito áreas de conhecimento, o que expressa a fronteira como objeto de estudo complexo.

A pesquisa interdisciplinar se coloca de forma evidente em quatro grupos, das áreas de Ciências Humanas e Sociais e Aplicadas que se utilizam, de maneira geral, mas não unilateralmente, de pesquisas de caráter qualitativo. Porém, uma análise mais apurada do conteúdo das pesquisas nas áreas ditas disciplinares, se relacionam cada vez mais com o conceito de interdisciplinaridade, como constata, no campo da geografia, o pesquisador Mauro José Ferreira Cury: “A revisão dos conceitos epistemológicos da geografia, associados a sociedade, cultura e fronteiras, faz com que os pesquisadores venha a exercitar o caminho interdisciplinar (...)” Isso cabe para as demais pesquisas aqui catalogadas, e, de forma significativa, pode ser evidenciada a cooperação entre grandes áreas do conhecimento.

Cabe a este artigo indicar, a guisa de conclusão, a necessidade de constituir agrupamentos de pesquisadores que se disponham a construir pesquisas interdisciplinares, que tomem as fronteiras políticas, sociais, culturais, simbólicas em seus diferentes aspectos: de fronteira como barreira que separa dois ou mais espaços/territórios, mas, mais ainda na dinâmica de seus movimentos de integração de sujeitos/elementos/espaços, as fronteiras com seus movimentos, nada inertes, que instiga diferentes possibilidades de abordagens nas diferentes áreas de conhecimento.

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1Os dados percentuais deste trabalho foram arredondados, de modo a não utilizar os valores das casas decimais. Este arredondamento não prejudica as análises e conclusões obtidas.

Recebido: 31 de Outubro de 2019; Aceito: 23 de Março de 2020

Janaine Zdebski da Silva

Formada em Pedagogia pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste - campus de Cascavel. Mestre em Educação pela Unioeste - Cascavel. Doutoranda em Sociedade, Cultura e Fronteiras pela Unioeste - campus de Foz do Iguaçu. Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Capes. Docente da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, no Centro de Formação de Professores, em Amargosa/BA. Atua no Curso de Licenciatura em Educação do Campo - Ciências Agrárias.

Fernando José Martins

É pedagogo, formado pela Faculdade Estadual de Ciências e Letras de Campo Mourão. Mestre em Educação pela Universidade Federal do Paraná - UFPR e doutor em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, com complementação na Universidade do Porto em Portugal. Docente da Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste no Centro de Educação, Letras e Saúde do campus de Foz do Iguaçu onde está ligado ao curso de Pedagogia e ao Programa de pós-graduação Sociedade, Cultura e Fronteiras, e atua além de pesquisador como extensionista. É autor de livros, artigos e membro de conselhos editoriais de revistas nacionais e internacionais, como o periódico Encuentro de Saberes: luchas populares, reistencias y educación, da Argentina. Atualmente atua na gestão universitária, como diretor do campus de Foz do Iguaçu na Universidade Estadual do Oeste do Paraná.

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