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Revista cartográfica

On-line version ISSN 2663-3981Print version ISSN 0080-2085

Abstract

KUVASNEY, Eliane. Os mapas como operadores na gênese da cidade espraiada. Desconstrução e semiose cartográfica na análise das plantas da cidade de São Paulo entre 1877 e 1930. Rev. cartogr. [online]. 2019, n.98, pp.281-303.  Epub Mar 14, 2022. ISSN 2663-3981.  https://doi.org/10.35424/rcarto.i98.151.

O presente trabalho trata da cartografia produzida sobre a cidade de São Paulo entre 1877 e 1930 e de como essa cartografia interferiu na forma como a cidade foi vista e construída no período. Partimos da configuração do urbano metropolitano e de sua extensão, de forma que as questões que nortearam a pesquisa giravam em torno da lógica do espraiamento da cidade: se ela foi pensada para ter essa característica ou foi sendo construída ao sabor do mercado imobiliário, ou se o espraiamento é causa ou consequência das desigualdades sócio-espaciais e, por fim, se os mapas interferiram na produção da cidade espraiada. Através de abordagem geohistórica e da metodologia de análise de mapas da Nova História da Cartografia, que constitui na desconstrução dos objetos cartográficos por meio da compreensão do contexto em que foram elaborados, desenvolveu-se a tese. Por isso, a primeira parte do trabalho é a contextualização do período na bibliografia existente, além das análises das atas e anais da Câmara Municipal de São Paulo, e dos relatórios de intendentes e prefeitos, visando compreender o período e a forma como o patrimônio municipal -as terras pertencentes à municipalidade- foi sendo apropriado pelo mercado imobiliário na construção da cidade, ao mesmo tempo em que não se obedecia o código de posturas que, desde 1875 exigia que o município fosse mapeado. Com o objetivo de analisar se os mapas teriam capacidade de agir “com desempenho” no espaço geográfico, se os mesmos atuaram como operadores na construção da cidade espraiada, optou-se também por análises desdobradas da semiose cartográfica com o propósito de compreender os fenômenos da autorreferencia e da iconização. A partir da análise de três séries de mapas da cidade foi possível, através da desconstrução e da ressiginificação dos mapas em suas séries e da análise de seus aspectos autorreferenciais, chegar à gênese da imagem do espraiamento da cidade -a partir da planta de 1897- e seus desdobramentos.

Keywords : Geo-história; Cartografia; São Paulo; Operadores Espaciais; Autorreferencia; Iconização.

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