Introdução:

A conflitualidade ética ocorre quando as enfermeiras/os não podem agir segundo suas crenças e valores devido a que algo o alguém o impede.

Objetivo:

Determinar o nível de Conflitualidade Ética, em enfermeiras/os de Unidades Críticas de um hospital do sul do Chile.

Métodos:

Estudo transversal e de associação em 38 enfermeiras/os de Unidades Críticas. Aplicou-se Questionário de Conflitualidade Ética (CuCEE), com alfa de Cronbach 0.82, adicionou-se um item sociolaboral-académico. Para a análise utilizou-se estatística descritiva e Chi quadrado de Pearson (nível de confiança de 95%.), cumprimento de critérios de rigor ético.

Resultados:

Mulheres (68.4%), idade média 33.6 anos (DE ± 8.2), de UPC adulto (60.5%), com média de antiguidade profissional de 8.7 anos e uma média de trabalho em Unidades Críticas (DE ± 4,6) de 6.9 anos. Observaram-se níveis altos em frequência e intensidade do fenómeno. Indignação Moral foi o tipo de Conflitualidade Ética predominante, com um Índice de exposição (IEce) moderado. As situações de maior conflitualidade foram «Comprovar que o tratamento analgésico e/o sedante que se administra ao paciente não é suficientemente efetivo e este está sofrendo» e «Trabalhar com pessoal médico ao qual considero profissionalmente incompetente». Não existiu associação significativa entre variáveis sócio-laborais - académicas e IEce.

Conclusões:

As situações de maior conflito relacionam-se com o sofrimento dos pacientes e as dinâmicas de trabalho, existem barreiras que impedem a ação de cuidar segundo os valores, ao observar que outros não procedem eticamente, o que deve ser considerado dentro das unidades estudadas para gerar condutas preventivas.