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Polibotánica

versión impresa ISSN 1405-2768

Polibotánica  no.29 México mar. 2010

 

Aspectos etnobotânicos de quintais tradicionais dos moradores de Rosário Oeste, Mato Grosso, Brasil

 

Aspectos etnobotánicos de los huertos familiares tradicionales de los habitantes de Rosario Oeste, Mato Grosso, Brasil

 

Germano Guarim Neto y Cleomara Nunes do Amaral

 

Depto. de Botânica e Ecologia. Instituto de Biociências. Universidade Federal de Mato Grosso. 78 060-900 - Cuiabá - MT Brasil. Correio eletrônico: guarim@ufmt.br.

 

Recibido: 9 junio 2008.
Aceptado: 20 noviembre 2009.

 

Resumo

O município de Rosário Oeste é ainda um dos mais tradicionais do Estado de Mato Grosso, Brasil. Sua população, mesmo no ambiente urbano, conserva até hoje o modo de ser do mato-grossense nativo, com seu linguajar pausado, bastante peculiar, com a simplicidade do bem-receber e com uma forte relação com os recursos vegetais, os quais procuram reproduzir em seus quintais. Estes espaços situam-se indistintamente na frente, nos lados e na parte traseira de onde a moradia está implantada. Este estudo tem como objetivo ampliar o conhecimento sobre os recursos vegetais dos tradicionais quintais mato-grossenses, buscando além de suas características, informações etnobotânicas para se detectar as formas de uso e manejo desses recursos, mantidos e repassados através de gerações, em Rosário Oeste, Mato Groso, Brasil. O trabalho seguiu basicamente as orientações do estudo de caso. Os dados foram coletados por meio de visitas domiciliares exploratórias, priorizando amostras intencionais. Foram encontradas 266 espécies de plantas distribuídas em 85 famílias botânicas. As plantas registradas apresentaram uma multiplicidade de uso, destacando o medicinal (103), alimentar (97) e ornamental (79). Assim, o verde urbano da cidade de Rosário Oeste recebe a grande contribuição das plantas cultivadas nos quintais, as quais são compostas por espécies introduzidas (Justicia pectoralis, Eucharis grandiflora e Hippeastrum puniceum) e espécies nativas do bioma cerrado (Mauritia flexuosa, Acrocomia aculeata e Vernonia ferruginea), compondo a vegetação da cidade, representando um forte indicador dos recursos vegetais que estão presentes no cotidiano de seus moradores, testemunhas de um saber acumulado ao longo do tempo.

Palavras-chave: Etnobotânica, quintais, cerrado, Mato Grosso.

 

Resumen

El municipio de Rosário Oeste es todavía uno de los más tradicionales del Estado de Mato Grosso, Brasil. Su población, inclusive en el ambiente urbano, conserva hasta hoy el modo de ser del mato-grossense nativo, su conversa pausada, bastante peculiar, con la simplicidad de recibir bien y con una fuerte relación con los recursos vegetales, los cuales buscan reproducir en sus jardines. Estos espacios se sitúan indistintamente en la frente, a los lados o en la parte trasera donde la vivienda está implantada. Este estudio tiene como objetivo ampliar el conocimiento sobre los recursos vegetales de los tradicionales jardines mato-grossenses, buscando más que sus características, informaciones etnobotánicas para detectar las formas de uso y manejo de estos recursos, mantenidos y repasados a través de generaciones, en Rosário Oeste, Mato Groso, Brasil. El trabajo siguió básicamente las orientaciones de estudio de caso. Los datos fueron colectados por medio de visitas domiciliares exploratorias, priorizando muestras intencionales. Fueron encontradas 266 especies de plantas distribuidas en 85 familias botánicas. Las plantas registradas presentaron una multiplicidad de uso, destacando el uso medicinal (103), alimentar (97) y ornamental (79). Así, el verde urbano de la ciudad de Rosário Oeste recibe una gran contribución de las plantas cultivadas en los jardines, encontrando allí especies introducidas (Justicia pectoralis, Eucharis grandiflora y Hippeastrum puniceum) y las especies oriundas de la Sabana (Mauritia flexuosa, Acrocomia aculeata y Vernonia ferruginea), las cuales forman la vegetación de la ciudad y representa un fuerte indicador de los recursos vegetales que están presentes en el cotidiano de los rosarienses, como testigos de un saber acumulado con el pasar del tiempo.

Palabras clave: etnobotánica, jardines, Sabana, Mato Grosso.

 

INTRODUÇÃO

Tratar dos espaços denominados de quintais requer um entendimento inicial de que estes espaços têm delimitações diferenciadas no contexto da comunidade humana que se está observando.

No Brasil, o termo quintal normalmente é usado para se referir ao espaço do terreno situado ao redor da casa, definido na maioria das vezes como a porção de terra próxima à residência, de fácil acesso, na qual se cultivam ou se mantêm múltiplas espécies que fornecem parte das necessidades nutricionais da família, assim como outros produtos como lenha e plantas medicinais (Brito & Coelho, 2000).

É importante salientar, que cada quintal apresenta particularidades, características que lhe são únicas, definidas por condições socioculturais, religiões, crenças e costumes que influenciam na composição e diversidade de espécies presentes nestes espaços (Kumar & Nair, 2004).

Nos municípios do interior de Mato Grosso, os quintais ainda têm a função de espaço destinado à criação de pequenos animais, como galinhas e porcos, locais estes onde as representações das necessidades humanas aparecem com perfeição e mais que isso, aparece formas de conservação da biodiversidade e dos elementos que permeiam a cultura de seu povo.

Em muitos casos, especialmente em comunidades ribeirinhas, os quintais são espaços de uso comum e de conservação de recursos, temas estes tratados por Diegues & Moreira (2001), analisando, juntamente com outros colaboradores, aspectos de relevância no contexto do entendimento desta importante temática.

Uma contribuição sobre o etnoconhecimento em terras mato-grossenses, englobando aspectos dos quintais é dada por Guarim Neto & Carniello (2007), quando discutem pressupostos biológicos, culturais e de representações sobre os recursos vegetais e a cultura de populações humanas diversificadas, habitando áreas do cerrado, pantanal e floresta.

Assim, os quintais assumem uma importância fundamental na malha viária urbana, na vegetação citadina, definindo espaços repletos de um saber local (Geertz,2000), espaços de conservação e manutenção dos aspectos mais peculiares que a população traduz em seu cotidiano, mostrando uma adaptabilidade humana (Morán, 1994) que se manifesta muitas vezes através de um conhecimento que é recebido dos ancestrais e perpetuado ao longo do tempo, espaço e lugar.

Em se tratando de aspectos referentes ao ambiente de Rosário Oeste e a potencialidade da sua flora, vale salientar as contribuições de Silva (2002), quando mostra o universo do etnoconhecimento das comunidades de Figueira e Pai Caetano e Morais (2003), discutindo nos pressupostos da etnobotânica, as plantas medicinais da comunidade de Angical.

Desta forma este estudo tem como objetivo apresentar o universo das plantas que constituem, a princípio, o verde dos quintais da cidade de Rosário Oeste, em uma demonstração do etnoconhecimento que emana do seu povo e representado pelas plantas com as quais se relaciona.

 

MATERIAL E MÉTODOS

Área de estudo - Segundo Ferreira (2001), o município de Rosário Oeste originou-se com o início do movimento garimpeiro servindo de passagem entre Diamantino e Cuiabá, tendo iniciado provavelmente em 1747, com a formação de um sítio à margem do ribeirão Monjolo e conseqüente fundação de uma capela, dedicada a Nossa Senhora do Rosário.

IBGE (2000) aponta para o município, uma população de 18.450 habitantes, tendo como distritos, Arruda, Bauxi, Marzagão e a própria sede. Rosário Oeste situa-se a uma altitude de 174 m, tendo como coordenadas geográficas 14° 49' 41" latitude sul, 56° 24' 51" longitude oeste Gr., com uma extensão territorial de 8.694,19 km2. O relevo de Rosário Oeste apresenta elevações acentuadas e encontra-se na Zona Fisiográfica da Chapada dos Guimarães, depressão do rio Paraguai, calha do rio Cuiabá. O solo é podzólico vermelho amarelo, apresentando boa fertilidade natural em algumas localidades como o Distrito de Bauxi e Distrito de Marzagão.

O município de Rosário Oeste teve sua origem como início do movimento garimpeiro do século XVIII. Por volta de 1747, o local servia de passagem entre Diamantino e Cuiabá. Em 1751, Inácio Maciel de Tourinho e sua mulher fundaram um sítio à margem direita do ribeirão Monjolo, passando o local a ser conhecido pelo nome do ribeirão. A agricultura e a pecuária foram rendendo e a povoação foi se firmando no sítio. Com a abertura do garimpo em Diamantino, o povoado de Nossa Senhora do Rosário foi se desenvolvendo como ponto de pouso. Atualmente, as principais atividades económicas da região são a pecuária, a agricultura, principalmente de arroz e milho, e o comércio, além do potencial para o ecoturismo (Ferreira, 2001).

O clima é tropical quente e sub-úmido, com um período de seca de cinco meses. A precipitação anual é de 2 000 mm, com intensidade em janeiro, fevereiro e março. A temperatura média anual é de 24°C. As principais atividades económicas são a pecuária e a agricultura.

De acordo com Ferreira (2001) a vegetação dominante da região é o cerrado, com seus gradientes de paisagens que configuram os espaços onde as plantas características destes ambientes ocorrem, predominando as formações de campo limpo (predominância de herbáceas), matas virgens e cerrado stricto sensu. O cerrado é a segunda maior formação vegetal do Brasil, sendo um dos biomas que mais sofre problemas de alteração de cobertura vegetal original. Apresenta uma riqueza ímpar, com um maior número de espécies do que se imaginava e vários casos de endemismo vegetal. A principal característica do Cerrado é a presença de estações de seca e chuvas bem definidas. Existem várias propostas de classificação dos tipos vegetacionais do cerrado, mas a maioria leva em consideração principalmente o hábito das plantas - herbáceo, arbustivo ou arbóreo (Guarim Neto, 2002).

Método - O trabalho de campo foi realizado em vários momentos, sendo o primeiro no mês de fevereiro do ano de 2001, o segundo em março do ano de 2002 e o terceiro de setembro a dezembro do ano de 2006. Os quintais pertencentes à amostra localizam-se na sede do município de Rosário Oeste, Mato Grosso, Brasil. A coleta dos dados etnobotânicos foi realizada em dois bairros da cidade: o Bairro Nossa Senhora Aparecida e o Bairro Monjolo.

O método de coleta seguiu pressupostos da etnobotânica (Martin, 1995; Alexiades, 1996), sendo que os quintais foram observados através de caminhadas e os dados obtidos por meio de entrevistas com moradores em suas respectivas residências. A técnica utilizada para inclusão de novos participantes foi a bola de neve (Becker, 1993), onde um morador amplamente conhecido pela comunidade é o contato inicial, e apresenta o pesquisador a outros informantes locais que se disponibilizam a realizar a entrevista, e assim um entrevistado indica o outro sucessivamente. O contato com os moradores foi importante para se ter a relação das plantas e mostrar o etnoconhecimento dos mesmos em relação às plantas mantidas nos quintais.

Foram priorizadas as amostras intencionais, os informantes categorizados (Thiollent, 1996) que gradativamente foram se incorporando à pesquisa (Noda, 2000) como fontes de informação. Foram entrevistadas preferencialmente as pessoas mais idosas de cada domicílio, raizeiros, benzedeiras, e outras pessoas apontadas por membros da comunidade como possuidoras de um saber sobre o assunto e aquelas que se dispuseram a participar da pesquisa.

As entrevistas continham uma série de perguntas abertas (Albuquerque, 2002; Amorozo, 1996) buscando informações dos moradores e dados sobre as espécies vegetais de seus quintais como utilização, parte utilizada, modo de preparação, indicação terapêutica, e outras observações pertinentes realizadas no local.

O material botânico fértil foi coletado, algumas plantas foram identificadas no local, e os demais exemplares identificados no Laboratório de Botânica da Universidade Federal de Mato Grosso e depositados no Herbário Central da Universidade Federal de Mato Grosso. As espécies foram identificadas em categorias taxonómicas de família, gênero e espécie, com auxílio de especialistas, segundo o sistema de classificação de Cronquist (1988), adotando Polhill & Raven (1981) considerando a família Leguminosae com três sub-famílias. Os nomes vulgares das plantas (etnoespécies) mencionados pelos entrevistados, aspectos ecológicos e de uso foram também considerados para cada planta registrada.

 

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A entrevista foi composta basicamente por moradores autóctones da região, nascidos na cidade ou na maioria dos casos na zona rural do município. Foram entrevistados 62 moradores, sendo 31 de cada bairro. Entre todos os informantes, apenas dois vieram de outros estados, e a idade média dos moradores foi de 50 anos.

Nos quintais urbanos de Rosário Oeste foram encontradas 266 espécies vegetais, distribuídas em 85 famílias botânicas, não houve diferença no número de plantas e entre as espécies encontradas nos dois bairros estudados. As famílias botânicas mais representativas foram Asteraceae (18 espécies), Euphorbiaceae (14 espécies), Lamiaceae (14 espécies) e Araceae (12 espécies - tabela 1). Estas famílias, especialmente Asteraceae e Lamiaceae, são freqüentemente encontradas como as mais representativas em outros estudos etnobotânicos como o de Morais (2003); Pasa (2004); Santos (2004) e Xavier (2005), destacando nestas famílias as espécies com finalidade medicinal.

Nos quintais de Rosário Oeste percebe-se uma diversificação em relação às formas de uso das espécies catalogadas, destacando-se aquelas com finalidades medicinais (35%), alimentares (33%) e ornamentais (27%) (fig. 1).

Os estudos em quintais, sejam eles urbanos ou rurais, demonstram que o uso popular das plantas para fins medicinais é grande, quase sempre, em números comparáveis às plantas utilizadas para a finalidade alimentar. Além disso, as plantas ornamentais, especialmente em se tratando de quintais urbanos, também representam grande parcela das espécies encontradas, de acordo com trabalhos como os de Duarte (2001) e Santos (2004).

As plantas que constituem o verde da paisagem urbana estão compostas de formas de vida que variam desde as pequenas ervas (48%) até frondosas árvores (23%) (fig. 2). A presença de herbáceas é mais frequente, uma vez que o espaço reservado ao cultivo é pequeno e a maioria destas plantas é destinada ao uso alimentar e medicinal. Nair (1993) afirma que há uma similaridade notável com respeito à composição de espécies entre diferentes quintais agro-florestais distribuídos na região tropical, especialmente os componentes herbáceos. Essa similaridade se deve ao fato de a produção de alimentos ser a função predominante da maioria das espécies herbáceas. Por outro lado, a presença de um subdossel requer que as espécies sejam tolerantes à sombra, sendo selecionado, assim, um grupo restrito de espécies que apresenta características ecológicas de adaptação a esses ambientes.

É interessante salientar a presença de mangueiras (Mangifera indica), coco-da-Bahia (Cocos nucifera) e bananeiras (Musa paradisiaca). Certamente estas são as espécies que mais contribuem na composição dos quintais observados, conferindo a eles a perfeita condição daquilo que tradicionalmente são os quintais sombreados matogrossenses, verdadeiros espaços de cultivo e conservação dos recursos vegetais, possibilitando uma maior variedade genética destas espécies, constituindo importantes bancos de germoplasmas.

Os quintais de Rosário Oeste demonstram que nessa localidade o verde urbano ainda é mantido pelos arbustos e árvores que fazem parte da paisagem rosariense, em uma demonstração perfeita da relação que estabelece entre seres humanos e recursos naturais, neste caso, os recursos vegetais, os quais têm de alguma forma uma forte representação para os moradores locais, especialmente para os mais idosos. De acordo com Santos (2004) existe uma prevalência de plantas exóticas nos quintais de áreas urbanas, nos quintais de Rosário Oeste ocorreram com maior frequência as espécies exóticas, foram 190 espécies, tradicionalmente cultivadas por suas diferentes finalidades, especialmente a alimentar e medicinal. Porém, ainda percebe-se nestes espaços algumas espécies representantes da flora local como o buriti (Mauritia flexuosa), o jenipapo (Genipa americana L), o Chico-magro (Guazuma ulmifolia Lam.), carajé (Dorstenia brasiliensis Lam.), negramina (Siparuna guianensis Aublet), e assa-peixe (Vernonia ferruginea Less), totalizando 76 espécies nativas (fig. 3). Foram consideradas nativas apenas as espécies que ocorrem originalmente na região (Guarim Neto et al., 2007).

Nestes espaços são mantidas as plantas que lhes são caras, englobando espécies com diferentes categorias de uso, cuja manutenção é influenciada pelo conhecimento da vegetação nativa e das exóticas cultivadas.

Considerando a relação ser humano-planta, pode-se salientar que a tradicionalidade dos quintais rosarienses é percebida especialmente porque nestes locais são mantidas algumas formas de organização, comuns aos quintais do interior do estado de Mato Grosso, como por exemplo a utilização do quintal como espaço de criação de pequenos animais, de manutenção de cultivos diversificados, local de festas religiosas (festas de santos), benzeção, rezas e lazer, entre outras.

Para este fato, contribuem as plantas ali estabelecidas, com suas sombras sempre prazerosas, que abrigam o cotidiano das pessoas que vivem na localidade estudada.

 

CONCLUSÃO

O universo do conhecimento botânico tradicional entre os moradores da localidade pesquisada mostra um acentuado etnoconhecimento dos recursos vegetais, tanto os nativos da região como os exóticos introduzidos.

Nos quintais estudados pode-se constatar que a prática de reproduzir os elementos da paisagem ainda é bastante forte, e isto demonstra a necessidade de conservação desses espaços, uma vez que reproduzem uma cultura imaterial de pessoas que tradicionalmente ali se instalaram ao longo do tempo.

Por outro lado, alia-se também a importante função dos quintais, enquanto mantenedores do verde urbano, oferecido por meio das plantas que as pessoas cultivam principalmente as espécies herbáceas, arbustos e árvores.

Dessa forma, a manutenção dos quintais, quer seja na localidade estudada, ou mesmo em outras cidades de pequeno, médio e grande porte requer um entendimento de que a dimensão que se vislumbra é de uma interconectividade entre ser humano e meio ambiente, mais especificamente entre seres humanos e plantas.

 

AGRADECIMENTOS

Ao CNPq pelo apoio financeiro destinado ao "Grupo de Pesquisas da Flora, Vegetação e Etnobotânica - FLOVET", para a realização do Projeto; à Capes, pela bolsa de mestrado concedida a segunda autora; à Universidade Federal de Mato Grosso pelo apoio e subsídio na pesquisa; aos moradores da cidade de Rosário Oeste que gentilmente contribuíram com esta pesquisa. À Profa. Dra. Carmen Eugenia Rodríguez Ortíz, pelo resumen.

 

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