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Investigaciones geográficas

On-line version ISSN 2448-7279Print version ISSN 0188-4611

Invest. Geog  n.66 Ciudad de México Aug. 2008

 

Notas y noticias

 

II Simposio Iberoamericano de Historia de la Cartografía.

 

Francisco Roque de Oliveira *

 

La cartografía y el conocimiento del territorio en los países iberoamericanos. [II Simposio Ibero–americano de Historia da Cartografía. A cartografía e o conhecimento do territorio nos países ibero–americanos], Ciudad de México, 21–25 de abril de 2008.

 

* Departamento de Geografía, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

 

Por que é que os actuáis estudiosos da cartografía antiga insistem na existência de vínculos estreitos entre objectos aparentemente tão díspares entre si como a rebbelib —um dos vários tipos de carta náutica de varetas de palmeira, fibras de coqueiro e conchas construídos nas ilhas Marshall— e o Mao Kun, prototipo da cartografía que assinala as célebres rotas marítimas que Zheng He e outros almirantes Ming sulcaram entre Nanquim, Ormuz e os portos da África oriental? Por que é que os mais recentes livros dedicados aos mapas dos anos decisivos do início da Idade Moderna por regra reservam um espaço relativamente nobre para tratar objectos cartográficos táo esquivos a urna representação objectiva da Terra, ou de uma parte dela, como o mundo em forma de trevo, a Ásia em forma de Pégaso ou a Europa em forma de mulher idealizados por Heinrich Bunting? Enfim, por que é que os autores desses mesmos livros tendem a servirse de equivalentes aparatos críticos quer quando tratam as madeiras e as araras que são o primeiro e o mais realista dos símbolos iconográficos do Brasil oferecidos pelo planisfério de Cantino, quer quando tentam descodificar o quase puro traço azteca da águia pousada sobre o cacto que está no centro da Tenochtitlán estilizada do Códice Mendoza?

Une toda esta série de questões o facto de exemplificarem à perfeiçáo as novas perspectivas de trabalho cultivadas numa área do saber tão apostada na renovação metodológica como o é a historia da cartografía. Na verdade, passado parece estar o tempo em que os mapas eram estudados como meros artefactos e as atenções se centravam na tipologia dos respectivos materiais e na identificação das características de um conjunto de "escolas nacionais" de cartografía mais ou menos estanques e, sobretudo, europeias. É que, mais do que representar um pedaço da superfície da Terra, ou a Terra toda, o mapa corresponde a uma ideia dessa mesma parcela, ou desse todo. É que, mais do que um objecto de papel ou de tela —mas também de madeira e conchas, de argila, papiro ou amate, marcado na base de um ataúde, esculpido no mármore ou desenhado no vazio de uma gruta—, todo o mapa começa a fazer sentido quando considerado o conjunto de condicionantes históricas, sociais, económicas e culturais que acompanharam a sua elaboração. É que, mais do que representativa de um esquema antes de tudo europeu ou ocidental de fixar o espaço, a cartografía corresponde a um impulso eminentemente universal, logo a modos de ver que devemos sempre tentar confrontar, mesmo quando as soluções visuais ou as geografías particulares que são alvo do traço parecem demasiado distantes ou até inconciliáveis entre si (Buissert, 2003:XI–XIV).

Os organizadores e os participantes no II Simpósio Ibero–americano de Historia da Cartografía, que decorreu na Cidade do México entre 21 e 25 de abril de 2008, deram mais um contributo importante para este esforço de actualização da prática da disciplina que se vem fazendo desde há cerca de três décadas nos centros académicos de referência. Tratou–se de uma iniciativa organizada em conjunto pelo Instituto de Investigaciones Dr. José María Luis Mora e pelo Instituto de Geografía da Universidad Nacional Autónoma de México. A coordenação esteve a cargo dos geógrafos históricos José Omar Moncada Maya (coordenação geral), Eulália Ribera Carbó, Héctor Mendoza Vargas e Pe re Sunyer Martín (comité organizador local), tendo os trabalhos decorrido nas instalações privilegiadas do Palácio de Minería, no centro histórico da capital mexicana. A primeira edição deste evento aconteceu em 2006, na Argentina, organizada pelo Instituto de Geografía da Facultad de Filosofía y Letras da Universidad de Buenos Aires (Lois, 2006; Troncoso, 2007). Procedentes de universidades e centros de investigação da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Estados Unidos da América, México e Portugal, a quase meia centena de participantes no Simposio de 2008 veio confirmar o sentido da aposta lançada há dois anos. Em simultâneo, tornou–se patente que os seus organizadores também souberam tirar partido da dinâmica suscitada pela realização do VIII Colóquio Internacional de Geo–crítica, que o mesmo grupo acolheu na Cidade do México em maio de 2006, subordinado ao tema da geografía histórica e da historia do territorio e durante o qual funcionou uma mesa exclusivamente orientada para a investigaçáo e a didáctica da cartografía antiga (Mendoza e Arroyo, 2006; Abreu, 2007).

A semelhança do que já havia acontecido em Buenos Aires, quando o evento foi pensado para tratar a questão muito geral das imagens e linguagens cartográficas ñas representaçóes do espaço e do tempo, o programa deste II Simpósio foi organizado em torno do tema substancial e propositadamente genérico da cartografia e do conhecimento do territorio nos países ibero–americanos. A respectiva convocatória visava articular três dimensões de análise: teoria e epistemología da cartografia; cartografia temática; cartografia de quatro períodos históricos principáis (a tradição pré–hispânica, da época colonial às independências, das independências à consolidação dos novos Estados nacionais e a época contemporânea). Os trabalhos seleccionados foram apresentados ao longo de 10 sessões sucessivas, tanto em castelhano como em português, enquadrados pela seguinte lista de tópicos: teoría e epistemología da cartografia; arquivos e mapotecas; cartografia de tradiçáo indígena; cartografia do período colonial; cartografia do período entre as independências e a consolidação das soberanias ibero–americanas; história da cartografia urbana; historia da cartografia náutica; protagonistas e instituições; historia da cartografia das fronteiras; atlas e mapas nacionais.

Da longa lista de intervenções que preencheram a semana de trabalhos no Palácio de Minería, começamos por destacar aquelas que incidiram sobre o fundo cartográfico do Archivo Histórico do Estado de Zacatecas (José Arturo Burciaga Campos) e a importância instrumental dos arquivos agrários como fonte para a análise dos usos e da repartição da terra a partir do caso do ejido de La Concepción, Tanlajás, San Luís de Potosí (Gerardo Alberto Hernández Cendejas). A exploração dos conteúdos e da relevância das importantes colecções oitocentistas reunidas por Pedro de Angelis (1784–1859), na Argentina, e Manuel Orozco y Berra (1816–1881), no México, constituiu o assunto das comunicações intituladas "Especulaciones sobre la Colección Pedro De Angelis en la Biblioteca Nacional de Río de Janeiro" (Teresa Zweifel) e "La mapoteca Manuel Orozco y Berra de la ciudad de México" (Claudia Pérez Toledo e Héctor Mendoza Vargas). Outra colecção particular que está a ser alvo de um estudo sistemático corresponde às mais de 2000 fichas sobre bibliografía, arquivos, espécimes cartográficos e cartógrafos dos séculos XV a XVII organizadas pelo Almirante Max Justo Guedes, conforme exposto na conferência relativa ao plano de digitalização deste espólio desenvolvido pelo Laboratório de Estudos de Cartografia Histórica da Universidade de Sao Paulo no quadro do projecto temático "Dimensões do Império Português: 1414–1822" (Íris Kantor e Flora Lahuerta).

Duas comunicações alusivas ao Mapa de Cempoala (c. 1580) introduziram a inesgotável linha de pesquisa que explora o hibridismo de tradições autóctones e europeias na cartografia e na generalidade do reportório pictográfico produzido na Nova Espanha nas décadas imediatamente subsequentes à Conquista: enquanto uma se centrou na exposição da qualidade das diferentes convenções cartográficas ai articuladas (Elva Margarita Montfort Mallorquín), a segunda explorou as possibilidades de reconstituição da organização social do espaço representado pelo mesmo objecto (Osvaldo Sterpone). A decifraçáo dos elementos topográficos de um documento pictográfico oriundo de urna das áreas menos centrais do império azteca foi ensaiada a propósito do Lienzo de Aztactepec y Citlaltepec (Flor Yenin Cerón Rojas). Na mesma linha, expuseram–se as certezas e as dúvidas que resultam da análise espacial dos signos convencionais da pintura de Atlatlahuca, de 1588 (Ana Elsa Chávez Peón Herrero, Federico Fernández Christlieb e Gustavo Garza Merodio). Ainda a respeito deste género de representações, foi apresentada urna sólida reflexáo sobre a natureza mítica e a complexidade dos códigos iconográficos ou cartográficos que se reveem nos elementos paisagísticos fundamentais expostos em corografías indígenas como a do Códice Vaticano 3738 (Ángel Julián García Zambrano). Conseguiram–se resultados igualmente felizes ao ler–se o jogo marcado pela invasão da linguagem europeia e a concomitante subsistência de elementos próprios da cultura visual nativa numa série de quatro mapas do altepetl de Cholula, concebidos entre 1545 e 1586 (María Elena Bernal García). Encerrou este conjunto de apresentações uma tentativa de síntese sobre a ambivalência técnica pré–hispânica e europeia que caracteriza o conjunto dos mapas apensos às Relaciones geográficas da Nova Espanha (Enrique Delgado López).

Ao avançar para o tratamento da cartografía de raiz ocidental dos períodos anterior e imediatamente posterior às independências das áreas americanas dos impérios português e espanhol, detectaram–se vários pontos de contacto entre o trabalho que incidiu sobre a produção do espaço colonial na Província de Santa Marta (Colômbia) a partir do exame de tres mapas do final do século XVIII (Santiago Muñoz Arbelaez), a discussão sobre o conceito de sertão, sugerida pela cartografía que representa o avanço da fronteira metropolitana na capitania do Rio de Janeiro entre 1765 e 1820 (Flora Lahuerta), e a exposiçáo sobre o significado dos itinerários percorridos e do legado escrito e cartográfico do engenheiro Miguel Constanzó para o reconhecimento da Alta Califórnia, no último terço do século XVIII (Omar Moncada Maya). Também houve especial coincidência ou continuidade de tópicos entre as leituras que incidiram sobre o uso e a manipulação intencional da toponímia como elemento de consolidação da soberania no Brasil colónia e no Brasil império (Íris Kantor), a questão toponímica e o desenho territorial na cartografía da Argentina moderna a partir dos casos da Patagónia e do Chaco (Carla Lois) e a análise dos trabalhos realizados pelo Instituto Geográfico Militar argentino entre 1904 e 1979 (Madalena Mazzitelli Mastricchio). Dizemos o mesmo a respeito do exemplo que a Huasteca Potosina oferece sobre a relevância que os mapas e planos insertos nas Noticias Estadísticas do início do século XIX tiveram na construção do Estado–nação mexicano (Ricardo A. Fagoaga Hernández), bem assim como sobre a leitura que relacionou a função pedagógica e instrumental atribuída ao influente Atlas do Império do Brazil (1868) de Cândido Mendes de Almeida com o conteúdo da Corografía Brazílica (1817) de Aires de Casal (Valéria Trevizani Burla de Aguiar).

O tratamento do legado cartográfico de Antonio Garcia Cubas (1832–1912) inseriu–se numa linha de pesquisa relativamente próxima destas, porquanto destacou a importância que alguns dos principáis levantamentos geográficos e geodésicos por si coordenados tiveram para a negociação dos limites territoriais do México (Hugo Pichardo Hernández). Um trabalho sobre a figura um pouco anterior de Duarte da Ponte Ribeiro (1795–1878) possibilitou uma leitura contrastada sobre aquele que, tendo sido um dos mais notáveis diplomatas do Império do Brasil, foi também um dos mais decisivos intervenientes na resolução das suas questões fronteiriças (Manoel Fernan des de Sousa Neto). Ainda a propósito do fértil tema das cartografías de fronteira na América Latina, ilustrou–se o caso das indefinições que acompanharam o traçado dos limites internacionais da região andino–amazónica em muitos dos mapas divulgados até às primeiras décadas do século XX por vários dos países envolvidos no respectivo controlo —Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador e Peru (Sebastián Díaz Ángel).

Uma grande incidência em casos de cidades mexicanas acabaria por assinalar a abordagem dos temas de cartografía urbana. Entre outros, refiram–se os resultados obtidos a propósito da eleição de motivos pictóricos "nacionais" num conjunto representativo de mapas e planos urbanos da Cidade do México do século XX (María Alejandrina Escudero Morales), bem como a análise das relações existentes entre a representação isométrica da paisagem urbana de Guadalajara patente no plano de Grant Higley (1906) e a tradição de vistas panorâmicas representada pelas cidades francesas traçadas por Alfred Guesdon c. 1860 e pela pintura de Hannibal assinada por Albert Ruger em 1869 (Luis Felipe Cabrales Barajas e Mercedes Arabela Chong Muñoz). Para casos não mexicanos, sublinhamos o tratamento conjugado da documentação textual e do material cartográfico produzido pela Comissáo Construtora da Nova Capital de Minas Gerais (1893–1897) aquando da decisão de transferir a cabeça do Estado de Ouro Preto para Belo Horizonte (Maria do Carmo Andrade Gomes).

Para os temas de cartografía náutica, apresentaram–se aspectos relativos ao cruzamento de genealogias portuguesa e castelhana nas primeiras representações do arquipélago filipino (Miguel Rodrigues Lourenço), aproveitou–se o exemplo das intermitentes representações insulares da Califórnia nos mapas do século XVI para expor a fragilidade das leituras assentes sobre a ideia de que a construçáo do saber geográfico se processa de forma linear (Alfredo Ruiz Islas) e, enfim, articularam–se os mais importantes trabalhos cartográficos de Juan Francisco de la Bodega y Cuadra com as expedições hispano–mexicanas enviadas pelo governo do vice–rei Bucareli ao extremo noroeste americano, na sequência da afirmação das ambições russas pelo domínio da mesma área que acontece a partir de meados do século XVIII (Guadalupe Pinzón Ríos). Dois dos congressistas voltariam à cartografía do século XVI para apresentar os resultados de um apurado inquérito às múltiplas fontes que desembocam no mapa da Nova Galiza (México), publicado em 1579 por Abraham Ortelius (Elizabeth del Carmen Flores Olague e Thomas Hillerkuss Finn). Outro estimulante estudo relativo à mesma época tratou de interpretar as soluções cartográficas encontradas para a representação do Peru na Geografía y Descripción Universal de las Índias de Juan López de Velasco, contejando–as tanto com diversos outros mapas da época, como com o ambivalente tratamento que esse território obteve nas secções escritas dessa Geografía de 1574 (Alejandra Vega Palma).

O programa do II Simpósio Ibero–americano de Historia da Cartografia incluiu ainda um painel consagrado ao restauro de mapas antigos a cargo de Carlos Enrique Ruiz Abreu (Archivo Histórico de la Ciudad de México), uma visita técnica à Mapoteca Manuel Orozco y Berra (Tacubaya, Cidade do México) e uma jornada de trabalho de campo consagrada à análise de uma pintura de 1580 (Oax–tepec, Morelos, coordenada por Héctor Mendoza Vargas). Entre os materiais produzidos para este Simpósio, salienta–se um catálogo comentado dos estudos mexicanos de historia da cartografia denominado Los mapas de México: autores y contextos e assinado por Raquel Urroz (textos) e Héctor Mendoza Vargas (selecção e apresentação). Urroz e Mendoza Vargas resenham aí cerca de uma centena de títulos produzidos entre 1871 (o seminal Materiales para una cartografia mexicana de Orozco y Berra) e 2007. A oportunidade serviu ainda para o lançamento de um número temático da revista Terra Brasilis, de Historia do Pensamento Geográfico no Brasil (Rio de Janeiro, número 7/8/9) sobre a historia da cartografia nos países ibero–americanos (Manoel Fernandes de Sousa Neto).

Como se expôs, a qualidade eminentemente interdisciplinar da historia da cartografia esteve bem representada neste Simpósio através da presença de investigadores praticantes de áreas das ciências sociais e humanas táo diversas como a geografía, a história, a antropologia, a sociologia, os estudos culturais, o urbanismo, a arquitectura ou as belas artes. Saliente–se o esforço realizado pela generalidade dos participantes no sentido de explorarem a dimensão espacial dos respectivos objectos de estudo, mormente no caso dos inquéritos originários daquelas disciplinas em que este aspecto tende a eclipsar–se ante outras prioridades de análise. Do mesmo modo, há que salientar o empenho que a organização colocou em assegurar a participação simultanea de nomes com trajectória científica já consagrada e a mostra de trabalhos produzidos por estudantes e jovens investigadores. Tal como foi feito com os textos escritos para a primeira edição deste Simpósio, os promotores da reunião do México deram conta dos preparativos em curso para a edição próxima das comunicações nela apresentadas. Há ainda que realçar o mérito que os organizadores demonstram ao criarem as condições institucionais necessárias para tornar gratuita a inscrição de todos aqueles que quiseram participar nos trabalhos deste encontro, tanto conferencistas como assistentes. Por tudo isto, é alta a expectativa colocada na celebração do III Simpósio Ibero–americano de Historia da Cartografia, em 2010, que os presentes deliberaram confiar aos colegas brasileiros da Universidade de São Paulo.

 

REFERENCIAS

Abreu, M. A. (2007), " Geocritica: historical geography and the history of territory", Journal of Historical Geography, no. 33, pp. 197–199.        [ Links ]

Buisseret, D. (2003), The Mapmaker's Quest – Depicting New Worlds in Renaissance Europe, Oxford University Press, Oxford/Nova York.        [ Links ]

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Mendoza Vargas, H. e M. Arroyo (eds.; 2006), "Geografía histórica e historia del territorio", Número extraordinario dedicado al VIII Coloquio Internacional de Geocrítica. Actas del Coloquio. Ciudad de México, 22–26 de mayo 2006, em: Scripta Nova. Revista electrónica de geografía y ciencias sociales, vol. X, núm. 218, 1 de agosto de 2006 (disponível na Web: URL http://www.ub.es/geocrit/nova10.htm Consultado a 12/05/2008).        [ Links ]

Troncoso, C. A. (2006), "I Simposio Iberoamericano de Historia de la Cartografía. Imágenes y lenguajes cartográficos en las representaciones del espacio y del tiempo, Buenos Aires, 20, 21 y 22 de abril de 2006", em Investigaciones Geográficas, Boletín, núm. 60, Instituto de Geografía, UNAM, México, pp. 171–174.        [ Links ]

Urroz, R. y H. Mendoza Vargas (2008), Los mapas de México: autores y contextos, Data Print, impresores, México.        [ Links ]

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