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Medicina crítica (Colegio Mexicano de Medicina Crítica)

versão impressa ISSN 2448-8909

Resumo

CONTRERAS CHAVEZ, Marisol et al. Relação de neutrófilos, linfócitos e plaquetas como preditor de lesão renal aguda na sepse por COVID-19 na Unidade de Terapia Intensiva. Med. crít. (Col. Mex. Med. Crít.) [online]. 2022, vol.36, n.1, pp.14-21.  Epub 28-Out-2022. ISSN 2448-8909.  https://doi.org/10.35366/104471.

Introdução:

A lesão renal aguda é encontrada em 40% dos pacientes com sepse (S-LRA), uma vez que a inflamação é uma das causas fisiopatológicas da lesão renal aguda. Durante a pandemia, a principal causa de sepse na UTI foi secundária à COVID-19, na qual a incidência de lesão renal foi relatada de 36 a 75%. A fisiopatologia dessa complicação ainda não é conhecida, mas mecanismos semelhantes à lesão renal séptica típica foram demonstrados. A proporção de neutrófilos, linfócitos e plaquetas (RNLP) já foi associada à presença de lesão renal aguda em outros âmbitos (cirurgia cardíaca e cirurgia abdominal de grande porte) e em pacientes com sepse secundária à COVID-19 pode ser um marcador que identifica os pacientes em risco de apresentar esta complicação.

Objetivo:

Determinar se a proporção de neutrófilos, linfócitos e plaquetas é um preditor de lesão renal aguda na sepse secundária à COVID-19 na UTI adulto.

Material e métodos:

Estudo de coorte prospectivo, unicêntrico. Pacientes maiores de 18 anos admitidos na UTI com diagnóstico de sepse por COVID-19, o RNLP será calculado do dia 1 ao dia 7, dividido em 2 grupos: RNLP maior que 3 e RNLP igual ou inferior a 3, observando a presença ou não de lesão renal aguda durante sua internação, e posteriormente o desfecho, para o objetivo principal, é realizado um teste de χ2, e se realiza um teste de regressão logística multivariável para avaliar a associação das diferentes variáveis com o resultado (OR com 95% IC).

Resultados:

Estudou-se uma população de 119 pacientes, com incidência de S-LRA de 53.8% (IC 95% 44-62%) em pacientes com sepse secundária a COVID-19, sendo a maioria KDIGO I (53.2%). No grupo RNLP maior que 3, houve uma incidência de 68.4% de S-LRA comparado ao grupo RNLP menor ou igual a 3 com 28% (p = 0.001, OR 4.255, IC 95% 1.782-10.16), os pacientes com RNLP maior que 3 tiveram maior tempo de permanência na UTI (12 vs 10 dias, p = 0.018) e maior tempo em ventilação mecânica (11 vs 8 dias, p = 0.003).

Conclusão:

O aumento da proporção de neutrófilos, linfócitos e plaquetas é um fator de risco e pode ser prognóstico para a presença de lesão renal aguda na sepse por COVID-19 na UTI.

Palavras-chave : Proporção de neutrófilos; linfócitos e plaquetas; lesão renal aguda induzida por sepse; doença de coronavírus 2019.

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