Introdução:

A fadiga, uma sensação integrada por sintomas físicos, mentais e neurosensoriais de exaustão, cansaço e falta de energia, pode ser um factor condicionante que aumenta a vulnerabilidade da população activa à aquisição de comportamentos nocivos, tais como o consumo de álcool, especialmente em condutores de veículos pesados.

Objetivo:

Identificar a relação entre o cansaço e o consumo de álcool em condutores pesados em Nuevo Laredo, na fronteira norte do México.

Metodologia:

Estudo transversal, com um desenho descritivo-correlacional, numa amostra de 224 condutores seleccionados por amostragem não probabilística. Foram incluídos os participantes que estavam activos no trabalho e que conduziam camiões de quinta-roda, e foram excluídos os que não preenchiam os questionários. Foi administrado um Questionário de Dados Sociodemográficos, o Teste dos Sintomas Subjectivos de Fadiga e o Teste de AUDIT. A confidencialidade e o anonimato dos participantes foram garantida. Os dados foram processados utilizando o pacote estatístico SPSS versão 24.0, por meio de análise inferencial não paramétrica.

Resultados:

Prevaleceram os condutores com baixa fadiga 87,1%, e os com consumo de risco, ou seja, 58,0%, a que se seguiu o consumo dependente, ou seja, 23,2%. Uma relação positiva estatisticamente significativa entre a fadiga do condutor e o consumo de álcool foi identificada com rs = .230, p = .001.

Conclusões:

Os resultados indicam que quanto maior é a fadiga, maior é o consumo de álcool nos motoristas de pesados, o que realça a necessidade de conceber e implementar intervenções de enfermagem eficazes e atempadas que contribuam para reduzir os comportamentos de risco para a saúde.

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