Introdução:

O suicídio assistido considera-se uma ação em que um paciente, deseja acabar com a sua vida devido à dor e sofrimento causado por uma doença e solicita a ajuda necessária dos profissionais de saúde especializados. O direito a decidir sobre o fim da própria vida e o impacto atribuído ao sofrimento experimentado, são as principais questões relativas ao suicídio assistido.

Objetivo:

Caracterizar as percepções dos estudantes de enfermagem sobre a atuação profissional frente ao suicídio assistido.

Metodologia:

A pesquisa incluiu uma análise descritiva com enfoque qualitativo, baseada na aplicação de entrevistas semiestruturadas a estudantes de enfermagem matriculados no nono período curricular, durante 2014, na cidade de Recife-PE, Brasil. A amostra esteve composta por 19 estudantes de enfermagem. Os dados foram analisados e categorizados com o método de Discurso do Sujeito Coletivo.

Resultados e Discussão:

Os dados obtidos sugerem que os estudantes consideram o suicídio assistido como uma forma de preservar a dignidade frente a procedimentos e cuidados que tornarão a morte um processo inevitavelmente doloroso. Eles indicam que a eutanásia e o suicídio assistido devem seguir sendo ilegais e que não participariam profissionalmente. Outros afirmaram que participariam porque estariam satisfazendo os desejos do paciente; porém, para sua legalização é necessário a criação de princípios que norteiem a execução destes procedimentos.

Conclusão:

Os estudantes de enfermagem consideram que o profissional pode eliminar as reais possibilidades de tratamento e recuperação do paciente ao aceitar seu pedido de suicídio. Porém, alguns estudantes são a favor desse procedimento argumentando que o paciente é livre para dirigir sua própria vida.