Resumo

VERA NORIEGA, José Ángel; VALDEZ TAM, Jazmín; CONTRERAS GRIJALVA, Erika Selene  e  CASTILLO VELASCO, Silvia Selene. Esforço-recompensa, demanda-controle e satisfação com a vida: um estudo com professores do ensino fundamental. RIDE. Rev. Iberoam. Investig. Desarro. Educ [online]. 2021, vol.12, n.23, e017.  Epub 14-Fev-2022. ISSN 2007-7467.  https://doi.org/10.23913/ride.v12i23.1012.

Em nosso país, não há informações suficientes sobre os fatores psicossociais que afetam a saúde mental dos professores, o que dificulta a implementação de políticas que abordem essa problemática. Os fatores de risco psicossocial no trabalho docente são pouco estudados e é necessário relacionar os fatores pessoais de satisfação com a vida e os de risco ocupacional para explicar a forma como as percepções pessoais podem amortecer os impactos dos riscos ocupacionais. Portanto, o objetivo desta pesquisa foi estudar com professores do ensino fundamental a comparação entre as variáveis satisfação com a vida, percepção de esforço-recompensa e demanda-controle com os fatores sexo, idade, tempo de docência, tempo de internação. centro de trabalho e atendimento a alunos com necessidades educacionais especiais. Foi utilizado um desenho retrospectivo com escopo descritivo e comparativo. A amostra do estudo foi composta por 185 professores do ensino fundamental do município de Cajeme, Sonora. Para a coleta de dados, foram aplicados a escala Diener de satisfação com a vida, o questionário de estresse no trabalho (desequilíbrio esforço-recompensa) em sua versão venezuelana, validado por Díaz e Feldman, e o questionário geral de saúde de Goldberg. Decis foram obtidos para cada uma das variáveis. A variável demanda-controle obteve no primeiro decil o valor de 3,00, o que coloca 22 pessoas (11,9%) abaixo desse valor, o que significa que estão em risco de desenvolver um problema de saúde mental. Por outro lado, na variável percepção esforço-recompensa, 21 indivíduos (11,4%) apresentaram níveis abaixo do primeiro decil com valor de 2,68 e, portanto, desequilibrados. Por fim, o valor do primeiro decil foi de 3,40 para 22 pessoas (11,9%), o que representa os níveis mais baixos na escala de satisfação com a vida. As comparações mostraram que o número de alunos atendidos com necessidades educacionais especiais influencia as variáveis satisfação com a vida, percepção esforço-recompensa e demanda-controle, pois à medida que o número de alunos atendidos aumenta, a média nas três variáveis diminui. Por outro lado, o tempo é um fator significativo na variável esforço-recompensa, visto que com o aumento da idade, anos de serviço e tempo de serviço no local de trabalho, a média dessa variável diminuiu. Existe relação entre as variáveis satisfação com a vida e esforço-recompensa com os fatores temporais (idade, anos de experiência na docência e anos de experiência na escola), embora seja necessário indagar sobre este aspecto. É importante destacar que o avanço no estudo dos fatores psicossociais que podem afetar a satisfação e a saúde ocupacional dos professores é essencial para a tomada de decisões políticas para a melhoria da educação no México. É necessário expandir esse tipo de pesquisa incluindo professores de diferentes níveis e contextos, de escolas públicas e privadas, a fim de obter informações mais precisas.

Palavras-chave : condições de emprego do professor; professor do ensino fundamental; fatores psicológicos; satisfação no trabalho.

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