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Medicina crítica (Colegio Mexicano de Medicina Crítica)
versión impresa ISSN 2448-8909
Resumen
PALACIOS-CALDERON, Óscar Emilio et al. Eficiência da gasometria arterial e venosa como preditor de mortalidade em pacientes em choque séptico: estudo de coorte prolectivo. Med. crít. (Col. Mex. Med. Crít.) [online]. 2020, vol.34, n.3, pp.194-199. Epub 14-Mar-2022. ISSN 2448-8909. https://doi.org/10.35366/94899.
Introdução:
A análise gasométrica é provavelmente a ferramenta de avaliação mais utilizada na unidade de terapia intensiva. O entendimento e uso adequados da amostragem arterial e venosa central/artéria pulmonar possibilitam a interpretação da maioria dos distúrbios respiratórios, circulatórios e metabólicos que podem ocorrer no paciente em choque séptico.
Objetivos:
Avaliar a eficiência de uma análise gasométrica arterial e venosa na predição da mortalidade de pacientes com choque séptico.
Material e métodos:
Estudo de coorte prolectivo realizado em duas unidades de terapia intensiva para adultos, no período de janeiro de 2018 a julho de 2019. Foram incluídos pacientes adultos acima de 18 anos com diagnóstico de choque séptico, de acordo com os critérios do SEPSIS-3. Todos os pacientes admitidos com diagnóstico de choque séptico foram submetidos à análise gasométrica arterial e venosa ao mesmo tempo para realizar os seguintes cálculos: PaO2/FiO2, ScvO2, Qs/Qt, Dv-aCO2, Da-vO2, Dv-aCO2/Da-vO2, IEO2.
Resultados:
136 pacientes foram analisados. Idade média de 66 anos. IMC médio de 25.17 kg/m2, 74 (54%) homens, nas comorbidades mais frequentes: tabagismo, hipertensão, câncer e diabetes. 75% das internações não foram cirúrgicas, sendo a razão respiratória (30%) a mais frequente. 30% dos pacientes morreram. A história de doença renal crônica teve relação estatisticamente significante com a mortalidade RR 3.73 (IC 95% 1.28-10.8) p = 0.01. A análise gasométrica mostrou Da-vO2 com uma média de 2.91 mL/dL (hiperdinâmica) que teve relação direta com a mortalidade RR 0.58 (IC95% 0.39-0.87) p = 0.008; da mesma forma, o índice Dv-aCO2/Da-vO2 p = 0.023.
Conclusão:
A análise gasométrica é considerada uma ferramenta útil e não invasiva para a análise das diferentes alterações fisiopatológicas do paciente em choque séptico. Um parâmetro da análise gasométrica isolada normal ou alterada não avalia a contribuição do oxigênio tecidual (DO2). Considerando os efeitos deletérios da superestimulação gerada pela atividade simpática e o achado de um perfil hiperdinâmico associado principalmente à mortalidade, a terapia com betabloqueadores pode ser um tratamento atraente para pacientes em choque séptico.
Palabras llave : Análise gasométrica; choque séptico; hiperdinâmica.